sexta-feira, 15 de setembro de 2017
Somente eu sou responsável por mim...
Quando nos sentimos acuados, procuramos gritar, chorar, espernear, pular, amedrontar, e ainda assim, continuamos a nos desesperar, a procurar sempre um culpado pelos nossos erros.
Queremos provar a qualquer preço que a culpa não é nossa, mas dos outros que nos fazem sofrer, tropeçar, cair, ficar ali, no chão, sem forças para levantar.
Nunca atinamos para o bom senso, ficamos cegos pela nossa incapacidade, nossa ira, nossa pouca visão sobre aquilo que realmente acontece ao nosso redor e conosco.
Sair atirando por todos os lados, não resolve o problema. Precisamos ir ao fundo do poço e ver o que há lá dentro que cheira tão mal.
É o momento de retirar essa podridão, limpar e deixar que entre o sol para secar e esterilizar o limo que insiste em grudar nas paredes.
Dentro de nós, é onde está realmente o problema, não deveríamos culpar os outros, mas tentar enxergar o que está acontecendo e saber o motivo de toda essa guerra contra o mundo.
Parar e se entregar a uma autoanálise sem piedade, sem cortinas para que possamos desvendar e corrigir essa nossa falha e descontrole em todas as situações.
Sem medo, buscar o equilíbrio que se perdeu e não imaginamos onde foi que ficou. São tantas as palavras desnecessárias, ofensivas, contra tudo e todos, durante tanto tempo sem que tenhamos pelo menos, desconfiado de que precisamos voltar para nós mesmos e resgatar o que está escondido no fundo desse imenso poço escuro.
by/erotildes vittoria/REF/1111/112/112
manuscrito de 12 de novembro de 2012
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