sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Boas lembranças...



Toda as vezes que vejo a imagem de uma árvore frutífera, volto um pedaço do caminho e vou até lá, no quintal de casa onde estavam aquelas frutas coloridas, perfumadas e carregadas de boas recordações.

Aquele pé de maçã, parecia atrair o que havia de melhor por lá onde dois balanços, ficaram pendurados nele por muitos anos.

Quando chegava a época da floração, as abelhas vinham e tínhamos que correr, isso era uma desculpa frequente para pular no rio, contar mil histórias e explicar o motivo da roupa molhada.

De lá, ficávamos imaginando como sair da água e atravessar o pasto sem chamar a atenção da estrela. Era uma vaca meio selvagem. Não gostava de crianças.

Numa noite de Natal, ela correu atrás do Papai Noel, ou São Nicolau, como chamávamos. Ele pulou por cima da grade da varanda da casa e todos os presentes que trazia, voaram pela sala e sua longa barba branca, caiu. Que decepção, era por isso que nosso pai sumia todas as vezes que São Nicolau chegava.

Eu até chorei, mas foram tantas lágrimas de boas gargalhadas quando criança que fico imaginando porque chorava. Desde então, o natal ficou diferente, mas até hoje, por qualquer motivo, continuamos a dar boas risadas.

by/erotildes vittoria/ASTEFREF/B1511/2014/16


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quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Lapsos de memória...

Lapsos de memória...
Quando a sombra
abrandar o caminho
e os olhos
puderem enxergar
além da montanhas,
sobrarão apenas lapsos
de lembranças,
mas a memória,
saberá diferenciar
e separar
o que deve preservar
nesse conto de vida
que bem ou mal vivida,
nunca deixou de acreditar.
Haverá sempre
o abraço amigo
e o sorriso terno
envolvendo o coração.
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manuscrito de 2014/all right reserved
imagem/Santa Teresa/RS
direitos de imagem/Rene Hass/2011

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Deixar que vá...

Deixar que vá...
Deixar que vá
ao encontro de outro caminho
e não lamentar a perda
do que foi considerado importante.
Construir outras alas
em outras planíceis
ou até mesmo,
em outras montanhas,
pode trazer um retorno gratificante,
elevar a vontade de prosseguir
e deixar a vida fluir mais serena.
São recantos diferentes
na paisagem da vida
e nessas mudanças
que se apresentam,
há sempre uma flor
com perfume e cor diferentes
a desabrochar.
De nada adiantará regar um jardim
se o inverno persiste em morar nele.
É hora de sentir a primavera,
ir em busca do novo
e largar o velho
que não quer renovar.
É hora do desapego,
de voltar para a estrada
e caminhar.
by/erotildes vittória/REG/SSTRST/999/ARQ/22.444asc/manuscrito de 2013/Alvar.br/0013/000013/all right reserved.
imagem/http://olhares.sapo.pt/data/big/321/3218645.jpg

E se alguém desmontar?



Vamos tentando encaixar aqui, ali e o mundo, vai girando ao nosso redor enquanto paramos para interrogar sobre o que fazer nesse impasse.
Sabemos que tudo se encaixa e até no desencaixe, há uma lógica coerente.

Divertido, até pode ser, mas na sequência, uma descoberta de como somos e até onde vai nossa paciência, nossa tolerância.
Esta vontade de saber como vai ficar depois que encaixar peça por peça é o que vai valer em todas as tentativas por mais difíceis que pareçam.

E se alguém desmontar, teríamos coragem de montar tudo outra vez?

A vida é quase isto, um quebra-cabeça a ser resolvido e a cada passo é uma peça que vamos montando ao longo dos dias, não importando a direção que escolhemos para caminhar em buca de realizações pessoais ou coletivas.

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Imagem/Cubo Mágico Esporte Clube

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Novos dias...

Novos dias...

Novas promessas, novo dia, novos projetos e nova vida, porquê não ?
Esperanças se renovam e continuamos acreditando, afinal, faz parte de nós esta contínua escalada para chegar até a montanha.

Muitas vezes, íngrime neste caminho onde poucas esperanças continuam a nos empurrar para a frente quando ficamos meio perdidos e sem a noção exata do que procuramos ou acreditamos ser necessário.

Que seja uma bela melodia este viver o dia a dia e sem medo de seguir pela escuridão da noite, possamos todos, encontrar respostas para nossas eternas interrogações.

Pular para o outro lado se necessário para encontrar botões de belos sentimentos desafiando a tudo que indiferentes, nada temem, estão ali, esperado o sol para abrir suas belas flores e perfumar o dia sem a preocupação de quem virá passear neste jardim.

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The valley of Glendalough(glendalough, ireland)photography.com/photos
Countries/Ireland/Ireland_Glendalough_People.

E os deuses eram italianos...


Encantados com a Itália, procuravam musas inspiradoras. Viajavam de um lugar ao outro e insatisfeitos com a procura, ousaram uma última tentativa.

Lá, num cantinho do estúdio, eis que surge uma bela mulher, vestida em trajes simples, mas revestida de luz e encanto, quebrou o silencio com um belo sorriso e os deuses maravilhados, se prostraram aos seus pés, desejando-lhe sucesso e beleza eterna.

Sophia, ousaram dizer e ela timidamente, respondeu; sim, sou eu, aqui estou aguardando ser chamada. Eles então tomaram suas mãos e sob um encantamento especial, a marcaram com a glória, esplendor, sucesso, com uma luz intensa e a tornaram a mais bela musa do cinema italiano.

 A gloriosa Sophia, merecidamente, continua a ser admirada e amada por todos os seus fãs, em todos os lugares.

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manuscrito de 2011/Serie22/D all right reserved/

Imagem Sophialoren/Creative Commons
Pictures/Getty Images. “Sophia Loren

sábado, 25 de janeiro de 2014

Esta saudade...


Eu moro,
bem pertinho
do caminho da saudade
e quando atravesso a rua,
ela está sempre lá,
quietinha,
olhando para mim.
Faço de conta
que não percebi,
mas ela vem,
me abraça
e pede para eu não ir.
Tento convencê-la
e digo
que estou com pressa,
mas acabamos sempre
de mãos dadas,
passeando por ai.
by/erotildes vittoria/ASTRBB883RES
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A porta do coração...


Amor,
chega e entra pela porta
que estiver aberta.
Não precisa chamar por ele
e nem procurá-lo em algum lugar,
ele sempre entrará no coração
de quem sabe amar.
Amor,
vai para onde deseja,
onde encontra
quem o queira,
sem nada exigir.
Ele não barganha,
não ilude, não trapaceia,
não vive de cobranças.
Quando ameaçado,
vai embora como o beija-flor
que procura outra flor
porque sabe que lá,
está seu alimento.
Ninguém rouba
o amor de alguém,
ele só permanece
com quem lhe quer bem.
Honesto, nobre, correto,
não aceita chantagem
porque o amor
é sublime,
sutil, ao tocar o coração.
by/erotildes vittoria/ANTREREF4.009B/Alvar.br

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sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Gosto tanto de você...

Gosto tanto de você..
Esse olhar,
com jeitinho de saudade
que parece dizer,
gosto tanto de você.
Existe cumplicidade,
há um carinho especial
você ali,
eu aqui,
mas ficamos os dois
sem saber
o que foi que aconteceu
para esse tanto
bem querer.
A noite fica vazia
o sono vai embora
e assim,
sem os sonhos,
fico imaginando,
como faço para te ver...
by/erotildes vittória/REFTT29444cc013
Alvar.br/all right reserved/imagem google

Atravessar o tempo...


Talvez seja mais
que um olhar distante
quem sabe até,
uma passagem secreta
com ingresso para voltar
no tempo que foi esquecido
e trazer de lá,
algum momento vivido.
Não seria saudade,
mas alguma oportunidade
para resgastar algo importante.
É possivel que sejam frações
de alguns instantes,
de uma total lucidez
que ficou perdida,
sem memória
e agora, há o resgate.
by/erotildes vittoria/TREFF993ssB241/
all right reserved/imagem/Mycenae Lion Gate Back.
O Portão de Leão
entrada principal da Idade do Bronze/cidadela de Micenas/sul da Grécia.

Da janela...

Da janela...
Da janela
que abre portas infinitas,
vejo meu mundo
que era ilimitado,
sob uma névoa que insiste
em não ir embora.
Há um silêncio maior
envolvendo minha alma
que pede para esperar
o clarear do novo dia
e de novas noites
para  ver novamente
as estrelas no céu
e o clarão da lua
que costumava entrar
pela janela do meu quarto.
by/erotildes vitoria/REFTT31008B11/Alva.br
all right reserved/imagem/Fensterdetail Pfarrhof

Cravo...

Cravo...
É cravo flor
é cravo perfume
é cravo amor,
há cravo de toda cor.
Cravo,
que gravei em meu coração,
lembranças de cheiro bom,
de infância perfumada
e de jardim cheio de cor.
Cravo,
que enfeitou o meu cabelo
e a lapela do teu paletó.
Cravo,
de cor rosa
que usava em meu chapéu
com laço de cetim
para o vento
não levar embora.
Cravo,
que sentiu saudade
do amor que se foi.
Ficou lá na cidade,
mas morava no coração.
by/erotildes vittoria/ESTERREFB3.109ss/Alvar.br
all right reserved/imagem/ flor/cravo
Dianthus caryophyllus/commons

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Mar revolto...

Mar revolto...
Muitas vezes,
é preciso muito mais
que coragem
e um par de remos
para equilibrar o barco
sobre o mar revolto.
by/erotildes vittoria/Alvar.br
imageshack.us

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Estrada...


Eu venho de muito longe
e lado a lado,
a coragem, a determinação,
a audácia e a vontade
de continuar nesta estrada
que nem sei onde vai terminar.
Talvez seja tão longa
e quem sabe,
em cada curva,
haja uma placa pedindo
para eu não desistir.
Enquanto caminho,
vou fazendo interrogações
e me condicionando
para respostas inesperadas.
Atravesso os trilhos,
na esperança de alcançar
o trem lá na próxima estação
e desejando
que ele ainda esteja lá,
acelero meus passos,
mas sempre cuidando
para não tropeçar.
by/erotildes vittoria/ESTREREFT/2506/Alvar.br
all right reserved/imagem/http://www.chongas.com.br/

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

E...

E...
quando nada mais nos resta a dizer,
aquietamos a mente,
silenciamos
e assim,
podemos contemplar...
erotildes vittória/ref/1946/012/00013ARQ/22.0003
alvar.br/00013/all right reserved-beija-flor do papo azul..

Abri teu livro de poesias...

Abri teu livro de poesias...
Eu tenho as rosas
e o perfume delas
em meu coração
onde guardo as lembranças
de todas as páginas do livro
com tuas poesias
que costumava ler para mim.
Lembro das tardes no final do inverno
quando escreveu sobre nosso jardim
contando como estariam as flores
quando a primavera chegasse.
Marcadas ali,
ficaram tuas palavras
que sempre delicadamente
fazia delas,
joias de lapidações especiais.
Mas o tempo passou
e o vento levou para longe
aquele pouco de tudo
que parecia ser eterno
e nunca ter fim.
by/erotildes vittória/Alvar.br/manuscrito de 1978
all right reserved/imagem google/segunda-feira, 27 de maio de 1978

O Sonho...


Era o perfume das rosas
que me fazia sonhar
e viajar para mundos distantes,
inatingíveis.
Via muitas cores,
fragrâncias suaves
e sentia meu corpo flutuando
naquele mundo de pétalas coloridas.
Segurava tua mão que me conduzia
sem que eu soubesse
para onde estava indo,
apenas te seguia.
Pássaros, também viajavam
e na mesma direção, voavam.
Somente eles,
possuiam o mapa do caminho
que indicava onde estavam as estrelas
que nos guiaria,
mas o sol veio
e atravessou minha janela
mostrando que não era noite,
já era um novo dia.
by/erotildes vittória/REFREGARQ/26302AS
Alvar.br/manuscrito de 2013
all right reserved/imagem commons

Somos, o nosso problema..



Reclamamos do sol, da chuva, do escuro, da claridade,
reclamamos da vida, do amigo, da sujeira da cidade,
do valor do condomínio, da escassez do dinheiro.

O barulho incomoda, o som da música está alto
e o vizinho, poderia ser outro.
Desligamos a campainha, aumentamos o muro
e vivemos isolados, mas continuamos insatisfeitos.

Mudamos para o campo e com o passar do tempo,
lá, também não está bom.
Há muito vento, frutas e folhas secas pelo chão, e o canto dos pássaros, começa a irritar.
Até o barulho da cachoeira, ficou monótono e tira o sono.

Sentimos saudade do caos em que vivíamos, aquela desarrumação,
já era parte de nós e a cada dia questionamos se era realmente isso
que desejávamos.

Não aceitamos nada que não seja do nosso modo e assim, meio sem jeito,
descobrimos que nascemos perfeitos, mas ficamos intolerantes,
chatos e cobramos dos outros, qualidades que não possuimos.

O tempo passa, a vida fica sem graça, e acabamos descobrindo
que somos, o nosso problema.

by/erotildes vittoria/ESTREREFB/8704/Alvar.br
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imagem/www.uniqmagazine.com.br

Morava no Ceará...



Nasci,
no sertão do Ceará
onde o mundo era bonito,
mas eu não via beleza por lá.
Acreditava que a tal felicidade,
morava lá na cidade
bem longe de mim.
Passava as noites sonhando
que deixaria meu sertão
e ficava planejando
onde estaria o amor
que prenderia meu coração.
Rimava meus versos
com despedidas,
mas chorava de tristeza
quando lembrava das estrelas
e do luar tão bonito,
naquele fim de mundo,
lá, do meu sertão
onde os ponteiros do relógio eram lentos
e o dia, parecia não acabar.
Agora, eu entendo,
felicidade,
não morava na cidade,
mas no meu lindo sertão,
morava no ceará.
by/erotildes vittoria/RETSSBRESC/337/Alvar.br
(postei no Facebook em 2014)

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Imagem/Por do sol em Camocim - Ceará
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domingo, 19 de janeiro de 2014

Não subo escadas...

Não subo as escadas...
É no silêncio da noite
que aquieto minha alma
e deixo que o sono,
tome conta de mim.
Muitas vezes,
ando dentro dos sonhos
onde me perco
em lugares desconhecidos
e sob este céu imenso
neste mundo sem fim,
vejo portas fechadas,
mas fico parada,
não subo as escadas
que parecem tocar a lua
e assim,
continuo carregando meus medos,
aqui dentro de mim.
by/erotildes vittoria/TERFEST/B444/Alvar.br
all right reserved/imagem/google

sábado, 18 de janeiro de 2014

A árvore dos segredos...


Era uma árvore feliz
até que foi descoberta
lá no meio da floresta
bem distante de tudo.
Um andarilho que ali passava,
contou um segredo para ela
e pediu para ser bem guardado
lá no alto dos seus galhos.
Seus amigos também vieram
e para ela, segredaram,
dizendo que nela confiavam.
Foi assim durantes anos,
mas seus galhos já envelhecidos
e cansados do peso acumulado,
foram despencando
e o que estava bem guardado
caiu nas mãos do vento.
Ele que entra em qualquer canto
foi deixando um pouco de pranto
por onde quer que passasse.
Todos se indignaram
acusando a velha árvore
de traí-los sem motivos
e deixando que seus segredos
se espalhassem sem que soubessem
para onde teriam ido.
Ela então resolveu falar
e um segredo revelar.
Quando alguém
tiver algo para esconder,
guarde, no melhor lugar que há.
É dentro do coração
onde ninguém pode entrar
se  fechar bem a porta
e depois, bloquear.
by/erotildes vittoria/ESTFEETRssB1.109/
editado em 21 de setembro de 2017

Image/Google

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

O caminho do mar...


Olhando a rede
e imaginando o redor,
atravesso florestas
e encontro o caminho do mar.
Vou para tão longe
que muitas vezes,
não imagino como voltar.
Não é necessário
ser marinheiro,
mas é preciso gostar do mar
para poder velejar.
Que o barco,
seja apenas a rede
que balança com o vento,
mas a viagem,
deve ser muito especial
nesse viajar no pensamento.
by/erotildes vittoria ARTESREF33cc/Alvar.br
manuscrito de 2014/EDFTB117/S
all right reserved/imagem
produto.mercadolivre.com.br

O caminho das maçãs...


Eu andei durante duas horas e todas as vezes que pensava em desistir, o vento trazia o perfume delas
e eu continuava novamente. Sentei sob uma árvore enorme e imaginei que poderia estar no caminho errado. Bebi o restante da água e fiquei observando o horizonte que parecia tão diferente.

Levantei e resolvei continuar. Em menos de cinco minutos e caminhando distraída, tropecei e cai sob uma imensa macieira onde seus frutos, eram colhidos. Havia um perfume maravilhoso e aquela gente, parecia muito feliz colhendo tantas maçãs.

Pedi água para encher minha garrafa e trouxeram também, um cesto com torta, vinho, geleia, pão de centeio e gergelim, tudo fabricado ali e com sabor muito especial.

Voltei no fim da tarde andando pelas sombras das macieiras e com o perfume delas, adocicando até minha alma.

by/erotildes vittoria/TESTREFARG/73ss//2013/36
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quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Beija-flor...

Beija-flor..
Para a beleza da flor,
meu agradecimento.
É do seu néctar,
o meu alimento.
Meu voo vai te encantar
e minhas asas sempre ágeis,
batem tantas vezes
que você vai perder a contagem.
Vou para frente e para trás
e posso ficar imóvel no ar.
Se você nunca me viu,
agora, vai desejar me observar.
by/erotildes vittoria/Alvar.br REF/002
Imagem/(Hylocharis chrysura)
from São Paulo, Brazil/Autor/Dario Sanches

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

O vento virou brisa...

O vento virou brisa...
A borboleta voou
e foi pousar sobre uma flor.
Outras vieram
e ficaram por lá também.
O vento, tentou afastá-las,
mas desistiu,
descobriu que a vontade,
é maior
que a correnteza de um rio
e muitas asas,
eram mais poderosas
que o sopro de um  vento
querendo movimento.
Resolveu tornar-se brisa
e beijou a flor
tocando nela com carinho.
Ao descobrir que foi aceito,
assobiou de alegria,
mas com medo
de assustá-la,
serenou.
Agora, ele era brisa,
não era mais
um vento rebelde,
era uma brisa de amor.
by/erotildes vittoria/RETGERREF/B88//14/01/2014/16:34
Imagem/Commons/India

sábado, 11 de janeiro de 2014

Me esquecia naquele lugar...

Me esquecia naquele lugar...
Eu gostava de ficar lá,
naquele banco solitário
para ler sem pressa
algum romance especial,
ou somente contemplando
aquela natureza bonita.
Muitas vezes,
observava o rio
que passava quieto
e parecia nem mover-se
para não interromper
meus pensamentos.
Os pássaros,
voavam entre as árvores
e sempre sem pressa
para voltar aos seus ninhos.
Eu não lembro mais
de quantas vezes
me esqueci naquele lugar
onde a paz,
era priorizada pela natureza
que respeitava cada habitante
daquele canto tão singular.
by/erotildes vittoria/ATRERREF/996A/Alvar.br
all right reserved/imagem Elizabeth Park
Hartford, Connecticut, USA.

Lágrimas...

Lagrimas...
E quando as lágrimas secarem, faça de sua vida, uma tempestade de sorrisos e sem medo, feche a porta para o que não deseja mais.
by/erotildes vittoria/Alvar.br

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Viver...

Viver...
Viver é difícil,
compreender, muito mais.
Para uns,
a vida é sempre
um desafio maravilhoso,
mas para outros,
uma eterna insatisfação.
Há tantos caminhos
e um sem fim
de caminhantes descontentes
nessa estrada longa da vida.
Há sorrisos e lágrimas
nesses jardins de flores
com tantas cores,
mas nem sempre percebidos
ao longo do caminho.
Há espinhos escondidos
que ferem as mãos ao tocar a flor,
mas há o perfume dela
que embriaga e faz ir
sem medo de pegá-la.
Viver,
é romper barreiras.
by/erotildes vittória/Alvar.br RESTREF/B321
all right reserved/imagem/A beleza da flor e um trem de minério da Estrada de Ferro Carajás, Brasil/imagem/Fernando Santos Cunha Filho

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Flores especiais...

Flores especiais...
Eram filhos do amor,
viajavam em meio à tempestades
que frequentemente atingiam suas vidas.
O silêncio, era inevitável,
mas havia sempre aqueles
que desprendidos
de suas limitações,
voavam para novos caminhos.
Lançavam desafios para sí próprios
e pouco a pouco,
construíam jardineiras
para mais tarde,
semear flores e sentir
o perfume da sua coragem
e derterminação em querer mudar.
Havia sempre os seguidores
encorajados pelos mais fortes
que acabavam vendo possibilidades
em terras estranhas.
Era o amor que fazia deles,
flores especiais.
by/erotildes vittória/REGREF/SS0087/0000190003
Alvar.br/all right reserved-
imagem/Trem da ALL, a maior concessionária do Brasil, no trecho de Boa Vista no estado de São Paulo

Tropeços...

Tropeços...
Eu vou pela vida,
subindo ladeiras
quebrando o salto
esquecendo tristezas
cantando desafinada
assobiando qualquer coisa
dizendo obrigado
ao caixa eletrônico,
afinal, sou educada.
Aceno para o trem parar,
tropeço na escada do metrô
me atiro contra uma árvore
fico de cara amassada,
só para te ver passar.
Vejo pessoas rindo,
achando graça dos meus tropeços
mas o que importa mesmo,
é esse riso solto,
um sorriso cheio de vida,
a vida que ainda vive
nesse olhar pela janela,
dessa vida de corre-corre.
by/erotildes vittoria/REFTT7982/Alvar.br
all right reserved/imagem commons
segunda-feira, 29 de julho de 201317:22:10

Artista...

Artista...
Minha alma é de artista,
muitas vezes sou palhaço
em outras, trapezista.
Aprendi de tudo um pouco
e virei equilibrista.
Pulo do trapézio
sem medo de cair
porque sei que teu coração,
está aberto para eu ir.
Ilusões, fazem parte
dessa arte tão complexa,
mas quem nunca se iludiu
não aprendeu a viver.
Há sempre quem bata palmas
e quem não ame o espetáculo,
mas posso cantar ópera
ou tocar meu violino
para encantar a lua, o sol
e as estrelas,
nesse espaço sem limites.
Quando canso de tudo isso,
viajo para outros palcos
afinal,
o palco da vida existe
para que eu seja feliz.
by/erotildes vittoria/REFTTscc013/Alvar.br
all right reserved/imagem/Fine Arts
Roberto Weigand Estúdio

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Meu mundo bonito...

Meu mundo bonito...
Era só olhar e sentir
aquele lugar
que parecia morar
dentro do meu coração.
Me sentia inteira ali
onde andava sem medo,
a natureza,
tomava conta de mim.
Havia tanta vida
em minha vida,
tudo tão bonito,
pedacinhos de sonhos
que se juntavam
e me faziam sentir
que nada passaria em branco
naquele lugar tão especial.
Foram tantos detalhes
e os dias,
passavam rápidos
enquanto eu contabilizava
cada centímetro daquele paraíso
distante de tudo
e reservado para mim.
Me sentia dona de um céu
coberto de pura magia.
Descobri que ali,
não é o mundo encantado
dos contos infantis,
mas um mundo real,
não há fantasias,
é de verdade.
O mundo fictício,
é o meio competitivo,
desfocado, dizimado
e onde me encontro,
acreditando ainda,
em possibilidades.
by/erotildes vittoria/RESTFET/999B/Alvar.br
all right reseerved/imagem/Amaldus Clarin Nielsen
Amaldus Nielsen (1838–1932)
Farmhouse at Balestrand/ Google Art Project
The National Museum of Art, Architecture and Design, Norway

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

E assim, é...

E assim, é...
E de repente,
tudo virou uma bola
de papel amassado
que ao ser rabiscado,
não formou nenhuma imagem,
somente pequenos pontos
que entre eles,
não se comunicam,
não dizem nada.
Não indicam sabedoria,
inteligência
e nem debilidade,
falou a jovem
que parecia tão triste.
É  desenho de um louco
que cruzou por ali
falou o cavalheiro
vestido de terno negro.
Ele fez da mesa com cadeiras,
um cavalete
e colocou sua tela estranha,
disse a dama de branco.
Ele desenhou um rosto
e deixou ali sem assinar
queria saber somente
como reagem as pessoas
quando não sabem,
mas acham que sabem,
disse a menina de vestido rosa.
by/erotildes vittoria/ESGAT1164ss/Alvar.br
all right reserved/imagem/google


Incêndio...

Incêndio...
O vento veio e destruiu tudo.
Sem perguntar e sem piedade,
misturou folhas secas
com combustível
e provocou um grande incêndio,
depois,
tentou apagar.
Foram estragos sem fim,
uma grande tempestade
que veio de dentro para fora
e tomou proporções incontoláveis.
Ficaram marcas invisíveis,
mas profundas.
Talvez nada se refaça
e nunca mais,
nasça o verde por ali.
Fez calar sorrisos,
desejou matar sonhos
que não eram seus
e com sua voz autoritária,
ainda tentou argumentar,
mas não há,
como remendar pedaços
que acabaram queimados
nesse incêndio inesperado
provocado pela ironia,
sarcasmo,
desrespeito,
orgulho
e principalmente,
pela intolerância.
by/erotildes vittória/ARTEFISREFT55B/Alvar.br
all right reserved/imagem commons

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Perfume diferente...

Perfume diferente...
Hoje, passei aqui,
no banco da praça
onde marquei meu nome,
no caule do flamboyant.
De volta para mim,
quero ouvir somente
o ruído das folhas e flores
que agora caem
formando tapetes macios
e colorindo meus pés
que pisam descalços
e deixam minhas fantasias viajarem
nas asas das borboletas
que invadem o meu redor.
Há um perfume diferente
daquele das lavandas
que cobrem os campos.
Talvez seja a mistura
da flor do limoeiro
e da madeira do sândalo.
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  Viagem... Era diferente, as folhas secas, não ficavam despedaçadas ao pisar nelas. Havia uma cortina feita de uma névoa azul que limitav...