domingo, 24 de setembro de 2017
Além do oceano...
Quando a liberdade partiu,
o sorriso foi embora,
a alma desatou a chorar
e tudo ficou sem direção.
Da saudade não se falou mais
nem do rosto que estava ali.
Do amor tudo foi esquecido
porque sem liberdade,
ele também partiu.
O silêncio esteve sempre junto,
companheiro fiel e atordoante,
jogava-se à frente sem dó,
depois, seguia lado a lado com você.
Levei tua arte e joguei nas ruas,
em todas as esquinas, deixei ficar,
fiz dela tua lembrança
mais atuante e incessante,
deixei que ficasse até que dela
alguém pudesse cansar.
Espalhei as tintas de cores
fortes, marcantes,
pintei uma tela de vermelho e negro
marquei teu silêncio nesta cor.
Teu grito ficou sufocado,
preso em algum lugar de você,
não ouvirão mais tua voz
que triste, acaba de morrer.
A liberdade que te podaram,
partiu e perdeu-se em lugar distante,
muito além dos oceanos.
Talvez,
alguma ilha deserta dê acolhida
e abrace na esperança
de que vá te encontrar.
by/erotildes vittória/REG/RJ/do Diario de Mizhel/cap/55
1970/61cc/02
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