Não foram as tantas palavras
que pronunciei por onde andei
nem as escaladas nas montanhas
para ver de perto o luar
e tampuco, as tentativas
para tocar o céu
e pegar estrelas.
Também não foram
a inúmeras vezes
que acordei com medo
ou os passos lentos
que me fizeram desacreditar
que ainda havia um caminho.
Nada disso teve importância
porque na minha teimosia,
eu sempre insistia mais um dia
e quando caia, havia apenas,
a opção, levantar.
Não foram as palavras ríspidas
ou as dores que pensei sentir
quando queria apenas ouvir,
conte comigo,
mas foi no meu silêncio
quando mais falei de mim
e disse o que ninguém ouviu.
Era preciso que alguém
também estivesse nele.
Era nele que eu, era eu.
by/erotildes vittória/ARQREFTT29004cc03/
manuscrito de 2012/SS2013
quinta-feira, 24 de agosto de 2017
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