Era hora de partir, sair dessa direção e buscar minhas vidas, tantas delas, vividas por tão pouco tempo.
Carreguei minha memória de imagens que estavam distantes e junto de mim, vieram lembranças já esquecidas e outras, apenas sombras sem vida, se juntaram ali e aos poucos, mostravam caminhos percorridos e distâncias imensas em lugares hoje, desconhecidos.
Tudo vinha rapidamente e precisava destacar com cuidado. Eram imagens confusas de tantas épocas diferentes que agora, apareciam em um arquivo moderno e bem equipado.
Imagens misturadas com a neblina, mais pareciam uma cortina transparente que sutilmente cobria a visão. Tudo ia e vinha juntando os pedaços das tantas vezes que aqui passei.
Aos poucos, ficavam mais nítidas e as sequências, mais coordenadas e bem definidas, mostravam um filme com inicio, meio, e fim.
by/erotildes vittória/Vidas (fim do diário de Mizhel) manuscrito de 1999
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