domingo, 16 de julho de 2017

O tempo...

O tempo...

O tempo, parece não dar conta de tantas solicitações, pedidos, clamações para que se alongue por mais horas.

Muitas vezes, ele cede e se deixa estender, mas depois, se arrepende porque há sempre a pergunta questionada por ele.
- O que você fez com as horas extras que te cedi?

Não temos mais tempo para nada, para ninguém. Nos tornamos igoístas, menores, talvez. Nada mais nos toca, o coração parece feito de aço, não responde, não ouve, não sente mais emoções fortes.

Culpamos a tecnologia, mas ainda somos nós quem controla e decide o que fazer. É difícil aceitar, mas estamos todos caminhando para um futuro onde nada seremos além de máquinas manipuladoras, algumas, manipuláveis, mas todas, incontroláveis.

É possível que aquele não adaptado ao mundo tecnológico, pereça bem antes de questionar, não terá chance alguma, não sobreviverá em uma selva gelada com um coração sensível onde ainda guarda em sua memória, as sensações vividas como amante das estrelas, do sol, da lua e de toda a natureza que o marcou profundamente.

by/erotildes vittoria/REF/right reserved/19 de junho de 2015

imagem/arquivo pessoal




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