Era uma tarde muito fria e as ruas estavam desertas, mas entrei na casa de chá seguindo um quase ritual em todas as tardes daquele inverno. O garçom ofereceu várias opções, mas sugeriu chá de jasmim como era habitual eu solicitar.
Aceitei e fiquei ali observando as flores que se abriam com o calor da água sobre elas e o perfume que exalavam em todo o ambiente.
Bebia lentamente enquanto voltava no tempo para saber como tudo estaria e assim, viajei durante horas.
O garçom, trouxe outra xícara e aos poucos, voltei, mas de mãos vazias. Nada havia para eu trazer, nenhum jardim estava florido, não havia mais os pássaros nem as borboletas voando por lá.
Até as cinzas, o vento se encarregou de levar. Era hora de virar a página porque a vida, precisava continuar.
by/erotildes vittória/ARQ/28.003St19/manuscrito de 2013
Image:From creative Commons
Nenhum comentário:
Postar um comentário