sábado, 8 de fevereiro de 2014

O trem partiu...



Caminhei por longas horas ao lado do trilho e quanto mais eu andava, mais forças eu tinha para continuar. Olhava a beleza das montanhas que não se cansavam de ficar ali para que eu me sentisse protegida.

No fim do dia, cheguei na estação, mas não sentia vontade alguma de partir. Estava feliz e minha alma, parecia dizer que havia feito a sua melhor viagem. Bebi o resto da água que levava na mochila e cantei uma canção que aprendi na escola quando era menina.

Via aquelas pessoas que esperam o trem chegar e naquela espera, pareciam ansiosas. Algumas, fumavam, outras, se mantinham em silêncio enigmático e aquilo, não era o que eu desejava naquele dia tão diferente.

Sentei na beira de uma jardineira e vi um caracol que ia sem pressa e formigas, carregando pedaços de folhas. Estavam felizes com aquilo e ali fiquei por um bom tempo.

Sim, perdi o trem e resolvi então que dormiria naquela cidade. Na pousada, tomei um banho morno, jantei e deitada sobre lençóis brancos e perfumados com cheiro de sol, adormeci profundamente.

Acordei com pássaros cantado e com o barulho do trem que se aproximava. Partiria em duas horas. Fiquei pronta e fui embora dali, mas nunca esqueci aquela viagem tão diferente que encheu meu corpo e minha alma de energias especiais.

by/erotildes vittória/REG/012SPcc/003/01
RESTGREC/198/Alva.br/all right reserved

imagem/http://viagem.uol.com.br/album/turismosobretrilhos_album.htm/Imagem 4/10: Trem da Serra do Mar - Paraná

2 comentários:

  1. Esta é a grandeza de ser capaz de abraçar num relance a minúcia ea majestosa grandeza, portanto, ter a capacidade de narrar tudo com versos simples. Tilde, você é capaz de ampliar a formiga e deixar marginal, a grandiosidade das montanhas ao fundo, como comprimarie. Tilde, eu me apresso. Eu também quero entrar no trem e viajar com você e com todos os nossos amigos que gostam de navegar com a fantasia. Não, caravelas, hoje. Com o trem de imaginação vamos fazer uma viagem maravilhosa e, juntos, vamos ver as grandes montanhas e pequenas formigas laboriosas. Bom amiga, eu entendo suas visões. As histórias que você é capaz de narrar em versos, não são fantasias distantes de um mundo encantado, mas o encanto vem da incrível capacidade, que algumas pessoas raras como você tem, de conseguir captar a realidade fugaz neste mundo real e depois, ter a capacidade e o "coragem" para narrar todo em versos. Eu gosto exactamente disso, em você.
    Você é como a formiga não tem medo de parecer minúscula e como a montanha que você não tem a vaidade de parecer muito grande nem lento como um caracol poeta e reflexivo.

    ResponderExcluir
  2. Muito obrigada, Massimo. Eu não tenho mais nada a perder. Então não me importo com o lugar que eu ocupo no mundo. Sou uma formiga ou uma árvore imensa, mas serei sempre, apenas eu de qualquer forma. Bom, vamos pegar o trem e viajar pela imaginação que nos levará para onde forem nossos pensamentos. Grazie mille, amico mio.

    ResponderExcluir

  Viagem... Era diferente, as folhas secas, não ficavam despedaçadas ao pisar nelas. Havia uma cortina feita de uma névoa azul que limitav...