sábado, 23 de novembro de 2013

Sonhando com as estrelas...


Eu escrevia naquelas noites de verão, imaginando um inverno coberto de neve. O calor era insuportável e precisava me condicionar para que não morresse ali.

Bebia água a cada dez minutos e junto daquele silêncio, havia minhas dúvidas, mas procurava não responder minhas perguntas quando resolviam me atormentar.

Uma noite, alguém bateu em minha janela e deixou um envelope onde dizia; um dia, vou pegar as estrelas e trazê-las para junto de você. Eu abri a porta, mas não havia ninguém lá fora. Imaginei que talvez estivesse cansada e resolvi caminhar um pouco.

Quando voltei, vi a porta aberta e senti que havia alguém ali. Ele disse; olá, respondi olá e sentei na cadeira de balanço. Foi então ele me entregou uma caixa e pediu para eu abrir.

Eram estrelas douradas e prateadas, fiquei sem saber o que estava acontecendo. São suas estrelas, toque nelas, toque nelas, ele dizia. Eu toquei, mas nada aconteceu.

Ele foi até a porta, apontou para o céu e disse; de nada adiantará desejar as estrelas se não acreditar que poderá tê-las em suas mãos.

by/erotildes vittoria/manuscrito de 2013RET/M883/B22
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3 comentários:

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