Andei pelas madrugadas
e pelo canteiros vazios.
Dormi sob árvores secas,
procurei luz em todos os lugares
e só consegui ver as noites,
não lembro se havia dias.
Caminhei por longas estradas
e no silêncio que me levava
nem sei por onde ou porque,
nada mais havia senão a solidão
que me empurrava a cada dia,
mais longe e distante de mim.
Mas houve uma manhã
onde eu consegui enxergar
uma luz que parecia direcionada
e colocada ali,
para que eu pudesse sentir e ver.
Estava lá, esperando que eu fosse,
ainda assim, hesitei
e deixei que mais um tempo
ficasse à minha espera.
Sentei a beira da estrada,
mas levantei e resolvi partir,
talvez fosse aquele
o sinal e a direção para seguir.
Mesmo cansado e sem nenhum objetivo,
me aproximei e senti que era o caminho
que tantos falavam e tentavam mostrar.
Não sabia como,
mas teria que descobri sozinho.
A luz,
era o meu encontro,
comigo mesmo.
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