Eu moro,
bem pertinho
do caminho da saudade
e quando atravesso a rua,
ela está sempre lá,
quietinha,
olhando para mim.
Faço de conta
que não percebi,
mas ela vem,
me abraça
e pede para eu não ir.
Tento convencê-la
e digo
que estou com pressa,
mas acabamos sempre
de mãos dadas,
passeando por ai.
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