domingo, 27 de julho de 2014

Avó...

Avó...

Avó, não vira criança outra vez porque ela nunca deixou de ser aquela criança cheia de vida que alimentou durante o passar dos anos imaginando e listando em segredo, o que deixaria seus netos felizes, assim como ela foi, com sua avó.

Avó, não estraga os netos, ela deixa mais livre, mas ensina a arrumar a bagunça deixada ali.

Avó, ama sem impor limites, mas condiciona quando é necessário e resolve de um modo diferente as situações que se apresentam e que muitas vezes, parecem incontroláveis para pais impacientes.

Avó, enxerga lá no final o resultado desse amor doado com generosidade e por isso, consegue amenizar e fazer a criança compreender de forma tranquila o que está em desacordo.

Avó, conta histórias, não lê o que está no livro, mas interpreta e vivencia com a criança, cada palavra e cada frase, ali contidas.

Avó, abraça sem pressa, sem cobrar retorno, vai buscar na alma da criança o que ela sente e fala com segurança sobre seus medos, suas fantasias.

Avó, guarda segredo, mas sem medo, chega até os pais e diz o que pensa, o que acontece naquela cabecinha recheada de idéias incríveis.

Avó, é tudo de bom, ela ensina mais lentamente porque sabe que cada palavra, gesto, atitude, ficarão gravados naquela criança que começa a registrar momentos importantes em sua vida.

Avó, eu te amei tanto, você foi muito importante e me deu tantas oportunidades e lições de vida que foram assimiladas e nunca esquecidas.

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all right reserved/26 de julho de 2014
editado em 24 de julho de 2015

Imagem/personal archive.

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