segunda-feira, 19 de maio de 2014

Passarela...


Da janela entreaberta, onde um raio de sol insistia entrar, eu olhava o dia como um pássaro querendo voar para fora da gaiola.

Decidi caminhar sozinha e a cada passo que eu dava, mais vontade eu sentia de andar pela cidade.
Fui cortando avenidas, e atravessei um grande jardim que exalava mistura de perfumes com milhares de borboletas camufladas naquelas cores sem fim.

No fim da tarde, escureceu e a chuva caiu com força levando embora folhas secas que navegavam como barcos sobre ondas gigantes.

Eu só observava a coragem da água que não se intimidou, em alagar tudo e desfilava como uma grande estrela, sobre a rua deserta que virou passarela.

b/erotildes vittoria/SESTERss/063//19 de maio de 2014
Editado em 31 de outubro de 2018


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