sexta-feira, 16 de maio de 2014

Os meus dias...

Os meus dias...
Os dias,
costumavam  se esconder
em algum lugar bonito,
mas eu sempre conseguia encontrá-los.
Muitas vezes,
eu mesma resolvia guardá-los
e quando esquecia onde estavam,
seguia o cheiro do sol
ou cheiro da terra molhada
que deixava brotar as sementes,
enterradas por lá.
Gostava de caminhar sozinha
por atalhos entre os laranjais
e aproveitava sempre
para colher frutas maduras
daquele imenso pomar.
Comi o melhor mel
que as abelhas fabricavam
em grande quantidade
e o melhor pão de centeio
que havia naquele lugar.
Bebi o vinho de uvas castas
fabricado ao lado da parreira
e cantei junto com pássaros,
poesias que eu escrevia
quando lia nas folhas das ávores,
detalhes sobre o meu dia.
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