terça-feira, 9 de abril de 2013

Teu outro eu...

Teu outro eu...
Eu posso ser a sequência do teu pulo,
mas não a consequência do teu gesto.
Sou muitas vezes,
a solidão que te abraça
e outras tantas,
a dor que te dói tanto,
mas sou ainda a tua mão direita
que te indica o percurso
e tua alma que nunca te abandona.
Sou o vazio de um céu sem fim,
onde tudo é solto e se destroça
ao toque de tua mão pesada
e desajeitada,
que deixa tudo cair.
Sou a espuma das bolhinhas de sabão
que vão onde o vento levar
e se partem
sem que nunca saibamos,
onde foram parar.
Sou ainda,
as nuvens que amaciam tua queda
e a seda que acaricia teu rosto,
sou a paz no teu medo
e serenamente,
vou até você e te levo
para viagens distantes,
infinitas,
onde tua imaginação puder alcançar.
Te deito em travesseiros azuis,
te deixo descansar a mente
e novamente,
um novo dia
te deixo viver.
eu,
sou o teu outro eu...
by/erotildes vittoria/REG/012/LL/61LLPR/cc/Alvar.br/manuscrito de 2011/0013/000013/all right reserved/imagem google


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