terça-feira, 23 de abril de 2013
Solidão...
Chamou todos os seus fantasmas e os prendeu no porão deixando-os lá por muito tempo. Em uma manhã chuvosa, lembrou de sua caixinha de música que estava em um baú antigo e foi buscar.
Desceu as escadas lentamente, imaginando como estaria aquele lugar pouco iluminado e que guardava tantos segredos. Ao abrir a porta, sentiu-se ameaçada com tantas teias das aranhas que moravam lá e o cheiro forte do mofo.
Fechou rapidamente e voltou para a sala, mas junto, vieram os monstros do seu passado. Passou durante toda a manhã interrogando a si própria e porque nunca conseguiu eliminá-los.
Chorou durante um bom tempo e descobriu que eles lhe faziam companhia quando sentia que a solidão abraçava-a fortemente. Nessa aceitação cômoda, não procurou liberta-se da necessidade deles
e por longos anos, foi deles, prisioneira.
by/erotildes vittória/ARQ/25791TS013/Alvar.br/manuscrito de 2013
Imagem/Desdemona othello/Desdemona by Frederic Leighton.
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