Caminhei por longas horas ao lado do trilho e quanto mais eu andava, mais forças eu tinha para continuar. Olhava a beleza das montanhas que não se cansavam de ficar ali para que eu me sentisse protegida.
No fim do dia, cheguei na estação, mas não sentia vontade alguma de partir. Estava feliz e minha alma, parecia dizer que havia feito a sua melhor viagem.
Bebi o resto da água que levava na mochila e cantei uma canção que aprendi na escola quando era menina.
Olhava para aquelas pessoas que esperam o trem chegar e nessa espera, pareciam ansiosas, umas fumavam, outras, se mantinham em silêncio enigmático e aquilo, não era o que eu desejava naquele dia tão diferente.
Sentei na beira de uma jardineira e vi um caracol que ia sem pressa e formigas, carregando pedaços de folhas. Estavam felizes com aquilo e ali fiquei por um bom tempo.
Sim, perdi o trem e resolvi então que dormiria naquela cidade. Na pousada, tomei um banho morno, jantei e deitada sobre lençóis brancos, adormeci profundamente.
Acordei com pássaros cantado e com o barulho do trem que se aproximava. Partiria em duas horas. Fiquei pronta e fui embora dali, mas nunca esqueci aquela viagem tão diferente que encheu meu corpo e minha alma de energias especiais.
by/erotildes vittória/REG/012SPcc/003/01
31 de outubro de 2012 às 11:59
Imagem Cretive Commons
sábado, 4 de novembro de 2017
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