quarta-feira, 31 de julho de 2013

Estação do trem...


Estação do trem...
Foram tantas voltas
que acabei não descendo
na estação do trem.
A viagem foi serena,
a paisagem tão especial
que me deixei esquecida
nessa tela natural.
Ninguém soube responder
quanto tempo levaria
para eu chegar a tempo
de abraçar você.
Não havia informação
e resolvi descer direto
no lugar que eu conhecia.
Era um caminho sem curvas,
a estação do teu coração.
by/erotildes vittoria/REFTT31.633cc013/Alvar.br
all right reserved/imagem/commons

A melhor imagem...

Fotografei a vida
e durante muito tempo,
guardei as imagens
em minha memória.
Ampliei todo o arquivo
em sua maioria,
gravado em preto e branco.
Com o tempo,
algumas se perderam
e outras, se transformaram
e gravaram em mim,
imagens com cores especiais.
Havia jardins coloridos
que desapareceram
e jardineiras inférteis
que foram adubadas
e produziram flores,
com perfume especial.
Desapareceram as lágrimas
no rosto do menino
e agora,
o sorriso alimenta sua alma.
O mendigo pedinte,
está trabalhando
e a árvore quebrada,
brotou novamente.
A água que cheirava mal,
está limpa para beber
e o coração triste que fotografei,
aprendeu a tocar violino,
essa,
foi a melhor imagem
que eu gravei.
by/erotildes vittoria/REFTT31006sstb013/Alvar.br
all right reserved/imagem/DSLR H3DII-50/

Brisa...

Brisa...
Ainda que de sonhos eu viva
e alimente minha alma
com o melhor
que vive em mim,
eu sempre saberei
que minhas fantasias
são fragmentos
que se juntam
e se desprendem
ao toque da brisa
que mesmo suave,
é mais forte que eu.
by/erotildes vittoria/REFT022cc013/Alvar.br
all right reserved/imagem/wikipedia commons

terça-feira, 30 de julho de 2013

The silence of the gardener ...



They were not words,
were flowers
which involved the heart
drawn with love
that marked
through their hands,
in all the gardens
which he cultivated during his lifetime.
He made poetry in his silence,
cared abou life 
of who passed there
and in their anonymity,
talked about love
without saying anything.
by/erotildes vittoria/
Translated on September 12, 2017

All right reserved.

Criança feliz...


São crianças felizes
que correm por todos os lados
atrás de aventuras sem fim.
Carregam o coração de alegria
e vão pelo mundo afora
para viver a fantasia.
São heróis, bandidos,
amigos, policia,
ladrão ou inimigos
durante todo um dia,
depois,
voltam para suas casas
de mãos dadas,
contando suas peripécias.
Exaustos,
Deitam e já sonham
o dia seguinte
que certamente,
será feliz como foi
o dia de ontem.
by/erotildes vittória/REFGS30.309B2/Alvar.br
all right reserved/imagem/www.allmyfaves.com

segunda-feira, 29 de julho de 2013

Continuar o caminho...


Nem sempre,
o céu está azul,
mas aprendemos a voar
e fizemos o percurso tantas vezes
que será possível continuar
mesmo voando entre nuvens
e tormentas contínuas.
Sabemos
que asas molhadas
pesam muito,
mas sabemos também
que ao atravessar a tormenta,
o sol aparece,
clareia o céu
aquece o corpo
abraça a alma
e voltam,
as noites repletas de entrelas.
by/erotildes vitttoria//REF11.209
all right reserved/imagem/Wildgansflug

No mar...

No mar...
Hoje,
eu só quero estar no mar.
Vou desatracar o barco
e sair sem pressa
para navegar.
No mastro,
ficará minha bandeira
com a inscrição liberdade
e talvez uma lanterna
para destacar melhor.
Não tocarei no leme,
deixarei o barco ir
e que vá sem destino,
quero saber mais
desse mar que insiste
em me levar com ele.
O vento
que impulsiona as velas,
será meu condutor,
talvez me leve até alguma ilha
e me deixe por lá.
by/erotildes vittoria/TT31.09ccREFF03/Alvar.br
all right reserved/imagemTall ship Christian Radich under sail

domingo, 28 de julho de 2013

Terra sem nome...

Terra sem nome...
E acabamos concluindo
que o melhor da vida
é viver na terra sem nome,
onde tudo é real
onde amigos dizem olá,
onde pássaros
ainda podem voar.
É lá do outro lado
que vive a simplicidade
onde o sol entra
e pode ficar,
não há portas para fechar.
Acabamos mudando
para esse jardim
que ao longo dos anos
fomos moldando dentro de nós
e plantando as flores
que hoje, alegram nossos olhos
e dão ao coração,
um frecor de eterna juventude.
A simplicidade,
é uma forma perfeita
para esse encontro
que agora sabemos,
faz parte da felicidade.
É tudo tão perfeito
e feito do nosso jeito
o que trouxe essa paz
que silenciosamente
se distanciava de nós.
by/erotildes vittória/REF9718ccTT23/A
Imagem/les gourmandises de Malu

sábado, 27 de julho de 2013

Rosa...


Em minhas mãos, carrego a rosa que ainda espera tuas mãos para recebê-la. Talvez nunca se lembre do quanto te esperei aqui, mas acabei indo embora e a levei comigo para que a saudade fosse menos cruel ao me abraçar e pedir abrigo.
by/erotildes vittoria/REF/2013//

Rose...
In my hands, I carry the rose that still awaits your hands to receive it. Perhaps never remember how long I waited for you here, but I ended up and leaving your rose with me so that your absense would be less cruel when hugging me and asking for shelter.
by/erotildes vittoria/August/2013


all right reserved/imagem/Charlie Chaplin

Momentos...

É no silêncio
que me encontro
me conheço
e reconheço meus deslizes
perante a vida.
É nele também
que compreendo
e me aceito
como sou..
by/erotildes vittoria/2013//
Image: From Creative Commons

sexta-feira, 26 de julho de 2013

Então eu choro...

Então eu choro...
Há sempre um motivo
para uma lágrima.
A dor,
a impotência
que obriga calar,
a raiva quando perde
ou emoção que extravasa,
o ego que se arrasa,
mas sempre,
um sentimento forte
que se esconde nesse chorar.
by/erotildes vitoria/Alvar.br/013
all right reserved/imagem google

Descoberta


São minhas andanças nos abismos dentro de mim que me fazem voltar para uma realidade que não consigo enxergar quando deixo de viajar para o lado de lá.

Me descubro pequeno e fujo para não saber que sou um desconhecido para mim mesmo, mas nego,
fingindo não ser.

by/erotildes vittoria/REFTTcc/30.306/2013

Discovery..

They are my wanderings in the abysses inside of me that make me go back to a reality that I can not see when I stop traveling to the other side.

I find myself small and flee not to know that I am a stranger to myself, but deny, pretending not to be.

by/erotildes vittoria/REFTTcc 30.306/2013

Imagem Google

A menina que plantava estrelas...


Parte do texto (manuscrito de 1969) postado
assim para facilitar a leitura.

A menina que plantava estrelas...
... Seu mundo, era diferente. 
Ela criava mundos 
e os guardava em lugar muito distante
para que ficassem protegidos.
Uma manhã de domingo, 
sua amiga chegou até ela
e em prantos não conseguia falar.
Tentou de todas as formas
acalmar seu coração, 
mas não conseguiu.
Resolveu contar a ela 
sobre sua plantação de estrelas 
em um mundo longe dali. 
Ela parou de chorar, 
mas saiu correndo 
e foi contar para sua mãe o que ouviu.
Sua mãe disse que ela era louca 
e a proibiu de se aproximar da amiga.
Na manhã seguinte 
ao chegar na escola, 
todos já sabiam da história 
e gargalharam, até fazê-la chorar.
A professora insensível, a proibiu de falar.
Os anos passaram, 
mas ela nunca parou de imaginar. 
Continuou a criar mundos 
onde só ela viajava até lá. 
Mal sabia ela 
que as estrelas que plantava, 
eram guardadas 
no coração de um príncipe 
que mais tarde, 
juntou-se a ela para sonhar.
Ele contou muitas histórias 
e acabou confessando 
que as estrelas 
plantadas por ela durante o dia, 
ele recolhia durante a noite
e assim fazia, com medo 
que alguém pudesse roubar.
by/erotildes vittória/REG.8106RJTTB023
Alvar.br/de pinguinhos de amor
manuscrito de 1969/all right reserved
imagem/imagem Fine Arts | Roberto Weigand Estúdio

quinta-feira, 25 de julho de 2013

O sorriso...


 Quando o mar dos teus olhos encheu, alagou minha alma ao sentir tua dor. Tentei abraçar teu coração, mas na distância meus passos pareciam nunca atingir a rapidez que se fazia necessária.

 Minhas asas estavam quebradas e meu voo, se tornou impossível. Caminhei durante toda a noite
guiada por algumas estrelas e ao raiar do dia, bati em tua porta que estava aberta.

 Parei ali e vi um belo sorriso no teu rosto cansado daquilo que te fez doer, mas dizendo que tudo
pertencia ao ontem e que o ontem, não existia mais, acabava de morrer.

by/erotildes vittoria/REFTTB21/cc30110//

Imagem/Humphrey DeForest Bogart and Katharine Houghton Hepburn
in African Queen/1952

quarta-feira, 24 de julho de 2013

O amor cresceu...

O amor cresceu...
O amor,
não é mais adolescente
ele agora cresceu,
está com nova identidade,
mudou de endereço,
saiu do corpo
e foi morar na alma.
Já não precisa mais
gritar eu te amo
nem chorar de saudade,
dorme sereno o corpo
e deixa a alma livre,
ir em busca do que é seu.
É como o sol,
que aquece
sem estar presente,
nada pede em troca,
transcende.
O amor agora, entra
e dorme com a gente,
já compreendeu
que está na alma
a sua presença
quando do corpo,
marca ausência.
São almas iguais,
que no encontro,
falam em silêncio
porque é mais sublime
que o amor dos mortais.
by/erotildes vittoria/REFTTcc30229/Alvar.br
all right reserved/imagem/google

terça-feira, 23 de julho de 2013

Beija-flor...

Beija-flor...
E agora eu vou feliz
pela flor que doou
mais uma vez,
meu alimento do dia.
Há sempre um jardim
disposto a florescer para mim,
mil cores de flores especiais.
A vida parece saber,
mas quero agradecer
o que acabo de receber.
Há presentes,
em cada canto
onde posso voar
nesse mundo encantado,
reservado para mim.
Sou o beija-flor
que de flor em flor,
passeia no teu jardim.
by/erotildes vittoria/REFTT8921cc/013/Alvar.br
all right reserved/imagem Crocosmia/flower

segunda-feira, 22 de julho de 2013

Meu mundo colorido...

Quando era criança,
eu desejava colorir o mundo
de mil cores,
achava que assim,
seria um mundo mais feliz.
O que eu não via
e nunca percebia,
era que o mundo
já estava pintado
nessa tela
que eu havia imaginado.
Cresci e descobri
que eu só precisava
olhar ao redor
e ver cores nos olhos
que me olhavam
e depois,
limpar meu coração
e transmitir todos os tons
que pintavam a minha imaginação.
by/erotildes vittoria/REFTT22cc/22 de julho de 2013/
all right reserved/imagem/Girlwithcrayons

Artista...


Minha alma é de artista
muitas vezes sou palhaço
em outras, trapezista.
Aprendi de tudo um pouco
e virei equilibrista.
Pulo do trapézio
sem medo de cair
porque sei que teu coração,
está aberto para eu ir.
Ilusões, fazem parte
dessa arte tão complexa,
mas quem nunca se iludiu
não aprendeu a viver.
Há sempre quem bata palmas
e quem não ame o espetáculo,
mas posso cantar ópera
ou tocar meu violino
para encantar a lua, o sol
e as estrelas,
porque é meu todo esse espaço.
Se eu dia, cansar de tudo isso,
viajarei para outros palcos
afinal,
o palco da vida existe
para que eu seja feliz.
by/erotildes vittoria/REFTTscc013/Alvar.br

Imagem o equilibrista/Fine Arts
Roberto Weigand Estúdio

Poesia da natureza...

O segredo,
talvez seja apenas ir,
contemplar, sentir, ficar.
A poesia da natureza é natural,
sem palavras complicadas
é descrita num olhar,
num sentir diferente
que em meio a tanta gente,
descreve todo o universo
sem caneta, sem papel,
mas deixa que todos leiam
admirem, comentem
e digam que é um belo poema
que ninguém ainda escreveu.
Tudo nela possui rima
embora nada pareça rimar,
aqui, árvore rima com pássaros
flores com céu azul
porque rimar,
é muito mais que fazer versos
precisa ouvir a alma falar
e depois sim, poetar.
by/erotildes vittoria/REGREF/30.187cc/
all right reserved/imagem google

Mundos...

Há muitos mundos
dentro do mundo
que imaginamos.
Há distâncias incalculáveis,
razões que não se explicam
sem compreender esse jeito
de viver tão especial.
Não há mais pressa
ao atravessar fronteiras,
o rio levará através
do seu seguir sereno
e deixará que cada um vá
e fique onde se encontrar.
Nada se explica,
tudo é natural
uma sequência de vida
sem parada para o chá,
mas ainda há um jantar
que alimenta a alma,
uma imagem
que atravessa o tempo
e salpica de estrelas
o céu do coração
que faz a oração do amor
virar um mantra,
na eternidade de cada olhar.
by/erotildes vittoria/REFTT7291/Alvar.br
manuscrito de 2013/all right reserved

Imagem/Google/Transport on the Niger River

sábado, 20 de julho de 2013

Dias sem vida...

Viver sem sonhos
é ver a vida em cinza
com cortinas negras
em todas as janelas
para impedir
que o sol entre.
É vida sem vida,
pedras cimentadas
que impedem
que raizes cresçam ali.
São dias sem luz,
noites sem luar
e céu sem estrelas.
É vida vazia,
esquecida em algum lugar.
by/erotildes vittoria/REF30114cc013/
all right reserved/Imagem/Ballyknow Pier, Galway Porto

Fotografias...

Fotografias...
E de tempos em tempos,
voltamos ao passado,
abrimos um velho álbum
de fotografias amareladas
na esperança
de que ele mostre alguma coisa
e que traga ao presente,
algum alento,
mas descobrimos que o passado,
não viajou conosco,
ficou somente como referência
e que o tempo,
provocou mudanças
desviou caminhos,
ensinou a ver mais longe,
a perseguir objetivos
e a caminhar com mais frequência
na busca de sonhos novos.
O velho,
é uma bela fotografia,
mas ficou para trás, enterrado
e descartado para sempre,
já não existe mais.
by/erotildes vittoria/ARQ28.809ssTR033/Alvar.br
manuscrito de 2013/all right reserved
imagem/Wiendorf Bauernhaus/Aldeia em Vienna

quinta-feira, 18 de julho de 2013

O voo da águia...

O voo da águia...
Vá... e quando voltar,
me tire do chão
me faça voar,
me leve contigo
para eu chegar
no fim deste tempo
que me faz pensar
que uma vida é pouco
para sonhar
que mesmo sem asas,
eu possa voar.
Abra tuas asas
neste céu infinito,
me deixe voar contigo
imaginando que eu seja
um ser intocável,
sem pecados na alma
e que morra,
esse rei bastardo
que foge da vida,
não sobe escadas
e nem sonha voar,
com medo de ousar.
by/erotildes vittória/REF30081/cc2013/Alvar.br
ARQ/55T/03/all right reserved
imagem/Wikipedia Golden Eagle in flight

Olhar...


Não me lembro de quantas vezes o céu tentou encostar o chão só para te mostrar estrelas de todos os tamanhos, elas moravam lá.

Você fingia não ver e pedia para que eu parasse de sonhar porque nem céu, nem estrelas, sabiam falar, mas sozinho, acabou descobrindo que todas as palavras, jamais falariam tanto quanto as que estavam escritas em um olhar.

by/erotildes vittoria/REFRETTcc30012/alvar.br
all right rerserved/Imagem Café Terrace at Night, September 1888
by Vincent van Gogh.

A água...


A água corre e não pergunta se pode ir porque é livre para seguir por onde encontrar espaço
para abrir os braços e abraçar o que encontrar. Não se importa a quem abraça tampouco, vai se incomodar se dela alguém não gostar.
Ela vai sem pressa e nunca imagina onde poderá chegar talvez o mar, possa abracá-la, mas pode, nem ao mar, chegar.
by/erotildes vittória/RefTTsB02812/013

Imagem/Cascata das 25 Fontes
Ribeira da Janela/ilha da Madeira..

quarta-feira, 17 de julho de 2013

Flores do campo...


... E que seja simples
como as flores do campo
nas manhãs ensolaradas
ou na brisa suave do entardecer.
Que venha a chuva
e regue a terra
nesse eterno jardim da vida
que isiste florescer.
by/erotildes vitttoria//

imagem google

Poético...


E a vida é vivida
de um jeito poético
com jardins cultivados,
caminhos  de flores,
e promessas bonitas
de amor sem fim.
Talvez não seja eterno,
mas o amor,
promete que será
e vale a intenção
desse querer
que seja assim.
by/erotildes vittória/REF29022cc013/Alvar.br
all right reserved/ Les jardiniers/jardineiros/Gustave Caillebotte

A chuva...

Era sempre assim,
a chuva caia
e molhava minha alma seca
e desnutrida de tudo.
Depois,
ia embora arrastando
o que encontrava
pelo caminho,
levando saudade
e de tudo um pouquinho.
Carregava também,
cordas que me atavam
e limitavam meus passos
nas muitas vezes
que tentava correr
para abraçar a vida
que parecia fugir de mim.
Mas o tempo passou
e dias de sol
vieram morar comigo
e me ensinaram
que havia sempre as noites
para eu não esquecer
que depois delas,
voltava sempre
o belo amanhecer.
by/erotildes vittoria/REFTT6981cc013/

Imagem/Gustave Caillebotte
Paris Street - Rainy Day - Google Art Project

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Véus...


No coração, estavam palavras em forma de versos que me faziam acreditar serem elas, reais.
O tempo, foi limitando minha mente, mas lentamente, vou lembrando o que foi guardado e trancado com cadeados que silenciosamente, se deixou ficar.

Aos poucos, sem medo de me mostrar vou retirando os véus e veladamente, me deixo tão mortal como outra qualquer.

by/erotildes vittoria/REFTT29122/
manuscrito de 2013//

Três palavras...


Escrevia o tempo todo
e resolvi te homenagear.
Queria te dizer tantas coisas,
mas aos poucos,
fui ficando sem palavras.
Meu vocabulário
ficou reduzido
e minhas frases,
não se completavam.
Pensei em desistir,
mas meu coração pedia
para que eu não parasse.
Fechei os olhos
e li teus pensamentos
li tua alma,
li você inteiro.
Vi teu coração bater forte
vi tua luz acesa.
Mas nada
pude comparar
ao brilho dos teus olhos
quando olhava para a rosa amarela
que estava em minhas mãos.
Vi tuas lágrimas de emoção,
havia paz, doçura
e serenidade em você.
Eu a coloquei sobre o livro
e fui ao teu encontro.
Senti tua emoção
e toda tua alegria
tomou conta de mim também.
Descobri que eu só precisava escrever
três palavras:
Eu te amo
by/erotildes vittoria/REG/012/LL/61LLPR/ARQ/16.329ccts01
Alvar.br/manuscrito de 2011/0013/000013/all right reserved/imagem google

domingo, 14 de julho de 2013

Nossos caminhos...


Abraçamos a vida e até o primeiro obstáculo, esquecemos que os caminhos podem ter atalhos ou não ter fim. Foram abertos para encurtar distâncias e cabe a cada um de nós, retirar as pedras que estão soltas para não tropeçar.

A caminhada será longa quando não estamos preparados para dar o primeiro passo. Saberemos a distância real quando levamos conosco a coragem para não desistir ao descobrir que estamos sozinhos.

Nada nos fará mais fortes que vencer a nós mesmos deixando para trás, o peso das dúvidas que alimentam o desânimo e confundem, nossa vontade de prosseguir.

by/erotildes vittoria/REFTTB9961cc/2012

Image: Rainbow At Maraetai Beach New Zealand
From Creative Commons

sábado, 13 de julho de 2013

Incertezas...


Eu já não tenho mais
aquela certeza
que caminhava comigo
e de mãos dadas,
me fazia ir sem medo
retirando os explosivos
que ficavam encobertos
em meu caminho.
Tudo parece camuflado,
as cortinas brancas
e transparentes,
agora são de cor cinza
e de trama fechada.
Os dias,
estão menos ensolarados
e as noites,
trazem lembranças
que pareciam esquecidas.
Minha primavera
parece se distanciar
e o inverno,
insiste em morar aqui
e tenta me fazer acreditar
que não há mais sol
para aquecer meus dias,
mas eu abro as portas
e todas as janelas para que
ele entre
e me envolva em seu calor,
trazendo de volta
aquela vontade de viver
que sempre morou em mim.
by/erotildes vittoria/REFTR29802cc013/Alvar.br
all right reserved/imagem/An elderly Somali women.

Um presente...

Um presente...
Há sempre alguém
que mesmo
na sua imensa pobreza,
abre mão da riqueza da alma
e doa um presente especial,
o que há de melhor nele.
Um olhar,
um abraço
e até um silêncio,
para que possamos
ouvir nosso coração
e sentir sua batidas
porque muitas vezes,
esquecemos que ele,
é vida.
by/erotildes vittoria/Alvar.br
REF7851cc012/TTR013/all right reserved
imagem/google

sexta-feira, 12 de julho de 2013

Eximir-se de culpa...


Carregamos flores
quando alimentamos o amor
ou pedras imensas
ao alimentar o ódio.
De nada servirão
as palavras que magoam
e corroem o coração.
A doença mais perigosa
que destrói lentamente cada célula,
certamente é a negatividade
que entra sem pedir
porque a porta fica aberta.
O sol,
estará sempre oculto
para quem se limitou
e se deixou levar por esse caminho.
Serão eternas as lamentações
porque seus olhos,
aprenderam a enxergar
somente o feio da vida.
Passamos a culpar os outros
e justificar nossa cegueira
porque nos acomodamos
ao perder um remo
nesse mar imenso
dentro de nós.
Acabamos esquecendo
que ainda temos duas mãos
e afundamos culpando a todos
nessa insistência desagradável
de se eximir de culpa.
by/erotildes vittoria/REFGRRO/886cc013/
all right reserved/imagem/google

Descarte...

Descarte...
Posso ser fragmentos
lixo, descarte,
a loucura que te irrita,
mas sou acima de tudo
e sempre,
eu.
Leve tua arrogância
e vomite fora daqui,
o verbo ordenar
e a tua intransigência.
Não me diga o que fazer
ou como devo proceder.
Sou eu,
o que desejo ser.
by/erotildes vittória/Alvar.br
manuscrito de 2013/all right reserved
imagem/Amelia Mary Earhart
foi a primeira mulher piloto
a voar sozinha sobre o Oceano Atlântico.

A viagem do pássaro...

A viagem do pássaro...

Um pássaro muito triste
voou para o alto da montanha,
coitado, com a pressa,
esqueceu de levar seu ninho
que ficou lá no pomar.
Voltou para buscar,
mas estava cansado de tanto voar.
Decidiu dormir ali
e no dia seguinte continuar.
Pela manhã ao acordar,
achou melhor perdoar,
descobriu que onde morava,
ainda era o melhor lugar.
Esqueceu suas mágoas,
desistiu de se aventurar
e ali, continuou a morar.
by/erotildes vittoria//manuscrito de 2013

Imagem/Purple-crowned Fairy

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Figurantes...


Figurantes...
São pensamentos dispersos
que vão em direção do nada,
estão ali como figurantes
que logo partem
e talvez nem lembrem
o nome da peça,
mas mesmo dispersa,
me faz compreender
que tudo é encenação
e nada é real nesse teatro
de atores veteranos
que ensinam aos novatos
postação de voz,
postura correta,
deixando-os acreditar
que são capazes
e logo chegarão lá,
onde sempre desejaram estar.
Não ensinaram porém
que talento,
nem todos têm.
by/erotildes vittória/REFRRT/9956cc22/alvar.br
all right reserved/imagem/New York State Theater by David Shankbone

A trilha das flores...

A trilha das flores...
Saí cedo para minha caminhada
e depois de algum tempo,
parei e fiquei pensando
qual seria o motivo
que me condicionou
a fazer o mesmo percurso
todos os dias.
Na volta para casa
entrei por uma trilha
onde pessoas caminhavam
e pareciam felizes
percorrendo aquele espaço.
O caminho foi ficando mais fechado
e o ar muito perfumado.
Foi na curva seguinte
que meus olhos perplexos
se fixaram em algo muito especial.
Tudo ali era vida,
um sem fim coberto de flores.
Respirei profundamente
e me deixei levar
pelas mãos da imaginação
que passeava comigo,
sem pressa de chegar.
Eu me sentia tão grande
e ali, fiquei tão pequena
diante de toda aquele beleza.
by/erotildes vittoria/REFFF/2978ssb04/Alvar.br
all right reserved/imagem Azalea flower in the Botanical Garden of Bielefeld

Medo...

Medo...
De nada valerá a vida,
se a liberdade for tolhida
e o medo,
travar nossos passos.
Se nossos pensamentos
não forem livres,
seremos eternos prisioneiros
em cárcere privado.
Não é livre o homem,
que tem sua mente
atrás das grades
do seu pensar.
by/erotildes vittoria/Alvar.brREFTT55cc013
all right reserved/imagem/Deserto do Saara no Maciço de Tadrart Acacus, na Líbia.

Não...

Não...
Vamos caminhar sozinhos
por algum tempo
ou quem sabe até,
por toda uma vida,
mas conseguimos dizer não.
Nada deve ser imposto,
não precisamos de muletas,
mas usamos
porque fomos conduzidos
com essa imposição.
Há na maioria das pessoas,
medo de quebrar
o preestabelecido.
Descobrimos nossa força,
quando aprendemos
a dizer não para aquilo
que não desejamos mais.
by/erotildes vittória/Alvar.br/REF/9999cc29/013
all right reserved/imagem google

Flor, amor perfeito...


Em qualquer lugar eu me adapto e fico feliz porque sou livre. Meus botões, podem demorar mais para abrir, mas descobrirá que sou flor e tenho perfume também. As dificuldades, não me impedem de contemplar a vida e a chuva quando cai, sacia minha sede.

Há sempre uma criança que me admira e me toca com carinho porque em sua inocência, enxerga em mim mais cores e mais vida, daquilo que você vê.

by/erotildes vittória/REFcc239TT/Alvar.br
Image Creative Commons

sábado, 6 de julho de 2013

Viajando...


É tão bom fechar os olhos
e viajar por longas horas.
Deixar o pensamento voar
e livre, ir junto também.
Sonhos realizar
desejos concretizar
e passar pelos caminhos
sem medo de pisar
nas flores que estão em botão
para não fazer chorar,
as dores do coração.
Soltar no tempo
e deixá-los ir,
sonhos que não servem mais.
Sentir emoção por tudo
mesmo aquelas que imaginamos
distantes demais.
by/erotildes vittória/ARQ/26889TTRB029
manuscrito de 2013/all right reserved/imagem/Rissa tridactyla marinha pássaros voando em Cabo Hay no Alto Ártico..

quinta-feira, 4 de julho de 2013

Silêncio...


É no meu silêncio
que falo de mim
quando sinto tua presença.
É nele,
que te ouço com atenção
e encontro teu sorriso,
mas também tua lágrima
quando chora escondido.
É neste silêncio
que vou te buscar, te abraçar
e chorar contigo.
É neste silêncio,
que guardo teus segredos
e abro o livro na página
com uma rosa sem vida
marcando os anos.
by/erotildes vittória/TT291/cc0996/quinta-feira, 4 de julho de 2013

Editado em 31 de agosto de 2018
Imagem/Ava Gardner

Sombra...

...e há noites,
que sou apenas uma sombra
refletida na luz do luar
e que te assombra,
ao me ver passar..
by/erotildes vittória/Alvar.br
Imagem/The shadow cast by an old street lamp

Devaneios...

Devaneios...
Soltar meus pensamentos
e deixar voar sobre o mar
para navegar sem pressa
na velocidade da brisa
que  embala o silêncio
de um fim de tarde
e por do sol.
Voar
para chegar onde você está
perdido em sonhos e devaneios
na ilha em frente a minha,
mas distante como
estão o sol e a lua,
difíceis de alcançar.
by/erotildes vittória/REFTT338cc071/Alvar.br
all right reserved/imagem

As rosas...

As rosas...
Eram rosas especiais
nascidas
no jardim do amor.
Carregavam
o perfume do bem querer
com poesias
e sonhos reais.
Eram rosas, iguais.
by/erotildes vittória/Alvar,br

terça-feira, 2 de julho de 2013

Na casa da poesia..


Na casa da poesia mora um poeta que constrói um mundo feliz com as palavras que desenha, na curva de cada letra.

É uma casa diferente, moram ali, realidade e fantasia. Ele cria viagens fantásticas com situações inesperadas, provoca corações, depois, envia flores com perfume especial.

Dele, tudo é possível, o seu mundo é recheado de sonhos, de viagens acima das nuvens e de voos emocionantes.

Dê a ele um motivo, escreverá uma bela poesia com borboletas coloridas e o telhado de sua casa, será um céu cheio de estrelas.

Não duvide do poeta, plantará um pé de amor, juntinho ao pé de jasmim, e na varanda deitada na rede, dormirá sempre, a saudade de alguém.

by/erotildes vittória/ARQ/29007cc55TT/manuscrito de 2013/
Imagem/O bordo japonês.

Paraíso...



Paraíso...
Eu prometi
que não sonharia acordada,
mas não consegui,
eu falhei
quando entrei por esse caminho
e viajei durante muitos dias
naqueles minutos
vividos ali.
Se havia algo mágico,
certamente era nesse lugar
que ficava guardado
porque magia mora
onde há encantamento,
onde os pés
não pisam o chão
e o corpo flutua suavemente.
Viajava acima das folhas
que formavam um tapete macio,
de cores aconchegantes.
Foi nessa viagem
que descobri,
onde ficava o paraíso.
by/erotildes vittória/REFARTT/5867cc999/Avar.br
all right reserved/imagem/caminhando entre bordos no Japão.

segunda-feira, 1 de julho de 2013

Julho...


Seja bem-vindo julho.
Há um caminho de flores
para que passe por ele
e sinta o perfume da paz
do amor,
da serenidade.
Venha feliz,
sem mágoa
e será bem recebido.
Traga dentro de ti
somente o que há de melhor
afinal,
é um mês de férias para muitos,
de viagens para outros
de lareiras acesas
e corações apaixonados,
de taças de vinho
de chá de jasmim,
um mês de carinhos
e muitas promessas
de amor sem fim.
by/erotildes vittória/REFREGTT29333cc042S
Alvar.br/manuscrito de 2013/all right reserved
image/Herbaceous at Arley Hall

Recomeçar...

Recomeçar...
Tudo se quebrou,
se desfez, virou pó
e desapareceu
quando o vento soprou.
Era ouro falso
um diamante de vidro
e nada sobrou.
Ninguém mais falou
e o silêncio,
tomou conta
daquele dia nublado.
A noite veio
e mais uma vez
fez companhia,
queria saber
se estava tudo bem.
O travesseiro foi companheiro
e o sono colaborou.
Veio o dia seguinte,
a chuva caiu forte
levando embora
o que ainda restava no jardim
e amontoado ali,
durante tantos anos.
by/erotildes vittória/REG/ARQ/71848700/0013/000013
Alvar.br/REFTT023/all right reserved



  Viagem... Era diferente, as folhas secas, não ficavam despedaçadas ao pisar nelas. Havia uma cortina feita de uma névoa azul que limitav...