quinta-feira, 5 de março de 2015
O peso dos anos...
Na esperança de um sorriso, há tantas histórias a serem contadas que se adicionadas ao coração, seriam como um sopro de vida.
Os anos passaram e as dores, parecem amenizadas porque deixadas para trás, foram substituídas por novas descobertas que preencheram campos vazios.
Não há mais ilusões e as tardes, foram reservadas para o chá que ainda continua com o mesmo aroma e servido no mesmo horário.
As xícaras de porcelana inglesa, também continuam a fazer parte de uma história quase sem memória, mas que se repete a cada volta no tempo que continua a existir e a demorar muito mais para a contagem das horas.
Os amigos foram partindo e a família, se distanciando, deixando saudade e também indiferença, impaciência, intolerância pela forma como a minha história foi escrita.
Já ultrapassei a última curva da vida, mas há uma reta que agora se torna longa e que desprovida de alguma vantagem, parece ainda mais distante de um mundo constituído de lógica.
O monge segue o mesmo caminho diariamente e nessa vontade de continuar, prossigo também, mas com passadas mais lentas e tentando não me amedrontar.
Alguns poucos amigos ainda tentam acompanhar minha caminhada lenta, com passos trôpegos e pernas fracas para suportar um corpo com músculos flácidos.
Como um presente, tenho a minha mente que lúcida, não me deixa temer o peso dos anos e me força a continuar e a não desistir.
By/erotildes vittoria/ANTGRES//
3 de fevereiro de 2015/terça-feira
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Film Journey to the West by Tsai Ming Liang
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