O homem, acaba embrutecendo e se tornando cruel até com ele mesmo. Mata-se aos poucos ao beber o veneno em cuja fórmula acrescentou o desprezo por tudo aquilo que o cerca e assim, vai sangrando até constatar que o tamanho do abismo que criou ao seu redor, o deixou sem noção da realidade.
Perdido, começa a julgar e a condenar a todos pela sua insatifação, pela sua impotência. Nada mais parece ter significado e atira pedras para tentar acertar qualquer um que atravesse o seu caminho, afinal, são todos culpados e inimigos declarados.
Desarmar-se de insignificâncias, destruir a intolerância e olhar a vida com olhos serenos, talvez cure essa necessidade desesperada de não aceitar uma realidade diferente daquela que ele quer ver.
Há luz em volta dele e mesmo fechando a porta, ela tentará entrar por alguma fresta e deixará iluminado algum cantinho aguardando para que em sua caminhada, não seja vítima dele mesmo, mas é preciso que ele queira enxergar o que há fora dessa escuridão que ele alimentou.
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all right reserved/27 de outubro de 2014
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