segunda-feira, 23 de setembro de 2019

Minha casa...



Fiz minha casa,
bem distante da cidade.
Firmei os alicerces,
no melhor galho da árvore
onde o vento passa direto
e a brisa, bem discreta,
finge, não saber onde moro.
Neste silêncio que escolhi,
me recolho e me acomodo
olhando as estrelas no céu
que cúmplices, ficam ali,
vigiando, até eu dormir.
by/erotildes vittoria//

Imagem da Creative Commons

quarta-feira, 4 de setembro de 2019

Alma inquieta...



Escondida na alma negra, teias tecidas pelo ódio atuante, vai cambaleando no tempo que não passa de um instante.

Praguejando pela fúria do vento, segue o caminho traçado, com mágoas, tormentos, vinganças e não percebe que está sendo laçado.

Pingos de luz, dilaceram sua alma inquieta que infeliz, não pode parar e não quer, para ouvir o que o coração diz.

Vai desmoronando nas trevas, sem luz, sem guia, sem paz, levando para o inferno terrível, o amor que iluminou por instantes, o caminho que não enxerga mais.
by/erotildes vittoria/1973/RJ/LLcc/63

Editado em 04 de setembro de 2019 às 09:50
Imagem/Francisco Goya  (1746–1828) National Gallery of Art (Public Domain)

terça-feira, 3 de setembro de 2019

Fragmentos...



Se eu pudesse parar o tempo e visualizar a vida como um jardim de todas as flores e cores, talvez pudesse entender melhor cada momento que persegui.

Juntando fracassos, sucessos, paixões, amores inúteis, amores maravilhosos, dores desnecessárias, percursos muito longos, estradas estreitas, rios profundos navegados a esmo, corridas incansáveis, passos lentos.

Voltar no tempo e resgatar pedaços, colar fragmentos guardados em algum lugar. Viver a vida sem grandes expectativas, viver intensamente o que não vivi. Buscar, o que esqueci na gaveta, resgatar tesouros na minha memória, descartar o lixo que ficou escondido.

Buscar no tempo, a inocência da infância, no teu abraço, a segurança que sentia, no teu beijo, todo o teu amor.
by/erotildes vittoria/REG/011/LL61LLPRcc/
Editado do manuscrito original/14 de maio de 2011 às 15:25
Imagem/arquivo pessoal

segunda-feira, 2 de setembro de 2019

Plástica? Não, eu envelheci...



Envelhecemos e as perguntas, são sempre as mesmas e ironicamente, se a plástica deu errado. Então, o que deu errado para quem pergunta é que, aquele que chega aos setenta anos possui rugas, o cabelo muda de cor, fica mais raro, o corpo muda, mas fica a lucidez para que saibamos diferenciar que o importante é estarmos de pé e que o corpo mudou e nós mudamos juntos, não para essa futilidade de querer aparentar menos idade, mas para avaliar o quanto aprendemos a nos valorizar sem artifícios.

A vida é uma escola bonita, muitas vezes, recheadas de bons, mas também de maus momentos e cabe a cada um, escolher o que melhor se adapta ao corpo e principalmente, ao cérebro que bem trabalhado, continua a agir de forma coerente, sem muitas explicações, afinal, somos conscientes de nossa capacidade e não há motivo para detalhes justificando isso ou aquilo a quem quer que seja.

Essa é a explicação sobre uma suposta plástica em pessoas bem resolvidas e que aceitam o corpo com suas mudanças porque nada é mais maravilhoso que a aceitação desses detalhes quando olhamos para o espelho e nos declaramos, felizes.
by/erotildes vittoria/01 de Setembro de 2019 às 14:40

Publicada em 01 de setembro de 2018 em Minhas Notas no Facebook


  Viagem... Era diferente, as folhas secas, não ficavam despedaçadas ao pisar nelas. Havia uma cortina feita de uma névoa azul que limitav...