Há luz lá fora...
Talvez nem lembre, das horas, mas que importância teriam se o dia, segue sempre insatisfeito, falta tempo para ser perfeito. É preciso excluir o relógio que marca sempre igual ou quem sabe, o vento passe e leve embora, o resto das horas que o relógio não conseguiu marcar.
Talvez nem lembre, das horas, mas que importância teriam se o dia, segue sempre insatisfeito, falta tempo para ser perfeito. É preciso excluir o relógio que marca sempre igual ou quem sabe, o vento passe e leve embora, o resto das horas que o relógio não conseguiu marcar.
É hora do vinho, do porre que provoca alucinações e deixa a
mente vagando sobre ondas gigantes que se apoderam do pouco que resta para que
o bom senso se digne a marcar presença.
O café, já não faz mais efeito, está frio e sem sabor, faz
uma reverência ao mau gosto que o desgosto provoca naquela sala onde as paredes
estão cansadas de segurar penduricalhos sem nenhum valor.
O mofo, apodrece os móveis que fedem pela falta de
ventilação que não deixa escapar o descontentamento por atitudes impensadas porque
as janelas estão travadas e no cárcere onde se encontra submetido a uma
condenação perpétua, há o cheiro insuportável da fumaça da conspiração.
Há luz lá fora, há vidas com ressalvas, mas há também, a
força e a ousadia que despertam lentamente e na busca de novos dias, acalentam
a esperança, a última opção para resgatar os pedaços da coragem que sem força, insistem, ficar no meio do caminho.
by/erotildes vittoria/10 de dezembro de 2018
Imagem Creative Commons
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