Era um pé de flor bonito, cheio de vida, mas todas as vezes que novos botões começavam a desabrochar, a tempestade surgia de repente e quebrava seus galhos. Ele, resistia e silenciosamente, deixava que novas flores desabrochassem.
O vento, passava e ia embora, fingia não ver, mas avisava a tempestade que havia flores abertas e perfumadas naquele caminho tão distante, mas cheio de vida.
Assim foi durante muitas primaveras, verões, outonos e um sem fim de invernos de baixas temperaturas que foram enfraquecendo suas raízes.
Arrependido, o vento resolveu ajudá-lo, trouxe água, ele reagiu, mas era tarde, caiu sobre uma das pedras que ficaram ali durante anos sem que fossem removidas. Eram suas únicas amigas, pedras, onde corações pulsavam.
by/erotildes vittoria/2 de janeiro de 2018
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