sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Perdida...

Perdida...
Perdida de mim mesma
na escuridão da noite do meu ser,
vagueio em profundo silêncio.
Em pensamentos dispersos,
me solto e insegura,
viajo noite adentro
a procura de um campo seguro
para pousar.
Voando como um pássaro
em noite de tempestade
perdido na escuridão
e clarões dos raios,
já não piso mais o chão
que se distancia dos meus pés
e no delírio desse desvario,
giro como o vento no deserto.
Me atrevo a voar,
minha mente é lenta
e na lentidão,
tento me apressar,
mas descubro
que não sei mais voar.
by/erotildes vittóra/REG/2009SSSLPRcc0009321/0006
Editado do manuscrito de 2010/

Prateleiras...


Nas prateleiras mais altas, costumo guardar pedaços de recordações que lentamente, esmaecem em um quase sem fim de vida.

Mais abaixo, retalhos, sobras dos cortes das feridas cicatrizadas que deixaram marcadas, crateras profundas ainda doloridas nessa agitação com emoções fortes e inesperadas de tudo o que foi sendo acumulado.

Na prateleira próxima ao chão, embaladas em papel transparente estão visíveis, mágoas que não foram descartadas.

by/erotildes vittoria/CEDRT.22/15 de novembro de 2016

Image/Creative Commons

  Viagem... Era diferente, as folhas secas, não ficavam despedaçadas ao pisar nelas. Havia uma cortina feita de uma névoa azul que limitav...