terça-feira, 22 de outubro de 2013

Serei eu um poeta...

 Descobri ao ser poeta que nada mais sou, senão a dor que trago dentro mim e tento disfarçar através dos versos que escrevo.

 É a minha impotência e tristeza, levadas ao extremo do meu desencanto. Estou sempre no auge
da descoberta do nada e minha vida, nada mais é senão, algumas palavras escritas em um pedaço de papel onde são colocadas ali, minha mágoa e minha total incapacidade de amar e ser amado.

 Seria eu o poeta, um palhaço revestido de pompa a esconder sua impotência perante a vida, ou seria eu, algum rei frustrado em alguma decisão tomada e revogada por insensatez?

 O poeta é verdadeiramente um sofredor, há nele sempre a dor da dor e a cruel dúvida do ser e não ser ele mesmo no crucial momento que descreve seu desalento.

 Teria o poeta um dom ou seria ele insano ao declarar tanto seu amor e não saber ser feliz como ele
descreve para a lua, as estrelas, os pássaros para o universo?

Quem é realmente o poeta que fala de amor e tanto sofre por ele e sem ele?

Quem é o poeta amado e destronado quando não recebe o afeto que acredita existir?

 Quem é o poeta que não sabe viver sem dizer do amor em seu coração e não sabe escrever, se a dor o deixar e partir sem dizer adeus?

by/erotildes vittória/REG/LL/2012/61LLPR/

Nenhum comentário:

Postar um comentário

  Viagem... Era diferente, as folhas secas, não ficavam despedaçadas ao pisar nelas. Havia uma cortina feita de uma névoa azul que limitav...