quarta-feira, 31 de agosto de 2016

Onde me encaixo?


Embora nos pareça que o mundo esteja desastrosamente desaparecendo, é preciso que tenhamos uma visão clara das situações caóticas, cruéis que se manifestam de tempos em tempos.

As mudanças e suas consequências, serão sempre inevitáveis, somos seres em evolução e cada um possui mente própria, age de acordo com o que pensa e produz o que acredita ser o correto.

A violência, a irresponsabilidade, são atributos de um humano em fase contínua de uma evolução muito lenta, de muitos regressos aos primórdios, mediante forças que o conduzem para trás.

Não há como justificar, mas somos todos, peças dessa modelação espiritual e ainda que não tenhamos nenhum argumento que justifique determinadas atitudes, somos inegavelmente, seres perfeitos somente até o momento onde alegando legítima defesa, cometemos o primeiro crime, o primeiro erro e acabamos também, na ilegalidade da lei ou de nossa consciência que começava a evoluir.

Descobrimos que dentro de nós, não mora um ser capaz de perdoar, de relevar, mas um monstro como todos os outros que acusamos, porque nosso instinto continua sendo o de eliminar sem piedade, seja um animal ou um ser da nossa raça que cruze nossa frente como uma ameaça.

Nenhuma guerra vai conter a violência, nenhuma morte, vai servir como um exemplo para quem quer que seja, tudo será paliativo, nenhuma educação especial vai deter esse impulso que é nato no homem. Tudo o leva para o ataque, tudo se encaminha para uma agressividade incomum que faz parte do instinto amedrontado, recuado que diante do perigo, vira uma fera e reage.

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all right reserved/17 de novembro de 2015/19:03:00

image/Gustave Caillebotte
Paris Street - Rainy Day - Google Art Project

Festa...



Há sempre um motivo para uma festa no playground da vida, mas é necessário estar atento para que a orquestra, toque músicas alegres que lembrem o nascer do dia, o por do sol, os jardins floridos e a energia positiva em cada habitante do planeta.

Há o tagarelar das araras em bandos, acampando sobre as árvores da avenida, sobre a fiação elétrica, esta, sempre conivente com todos os pássaros que ficam ali durante horas observando o movimento de transeuntes  em um vai e vem sem parar e apressados, não observam que ali, há diariamente, uma comemoração.

Há um pé de manjericão insistindo em perfumar a árvore que cedeu gentilmente um pedacinho do canteiro, dando a entender que a gratidão é um presente para ser devolvido com o amor.

Há a matricária, a bela camomila que muitas vezes é confundida com a margarida, morando no caminho do mercado onde o lixo é descartado pelos irresponsáveis da natureza, mas ela, nada teme e quando imagino ter sucumbido aos impactos do meio em que vive, aparece mais bonita e carregada de botões prestes a florescer.

Há ainda, almas sensíveis que enxergam a vida crescendo, multiplicando, dividindo e juntos, comemoram cada momento. São os seres felizes porque a vida para eles, significa, viver.

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all right reserved/18 de janeiro de 2016  18:09:23

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terça-feira, 16 de agosto de 2016

Voando...


Voando como uma borboleta em jardim desconhecido, procuro me soltar e fazer de cada momento, uma passagem anônima entre as flores coloridas que começam a se destacar anunciando, uma primavera prematura que vai lentamente, afastando um inverno indeciso, perdido, em tardes ensolaradas.
by/erotildes vittoria/CARTUN/B99
all right reserved/15 de agosto de 2016

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Sem destino...

Sem destino...
Passo as noites
em viagens sempre longas,
sou um viajante sem destino
nesta constante ida e vinda
de uma vida com tantos dias
e um rosário de perguntas
onde as respostas, não me agradam.
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all right reserved/12 de agosto de 2016
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  Viagem... Era diferente, as folhas secas, não ficavam despedaçadas ao pisar nelas. Havia uma cortina feita de uma névoa azul que limitav...