sábado, 19 de março de 2022

 

Viagem...

Era diferente, as folhas secas, não ficavam despedaçadas ao pisar nelas. Havia uma cortina feita de uma névoa azul que limitava a visão total de tudo o que parecia ser tão bonito, sereno, e em paz.

Ao caminhar lentamente, sentia uma brisa muito suave que tocava meu rosto, como se fossem sopros vindos de várias direções.

Não, eu não estava com medo, era sereno e tudo, me causava uma paz incomum.

A noite foi passando e o amanhecer, me fez voltar à realidade, de volta ao meu corpo que continuava dormindo.

by/erotildes vittoria/17/03/2012/LL/61LLPR

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terça-feira, 8 de março de 2022

 

Nós, as mulheres, mas também, os homens...

Minha homenagem neste ano onde ainda prevalece a omissão de responsabilidade para muitas mulheres que vulneráveis, se encontram sob pressão de seus companheiros, da sociedade que se limita a comentar sem que atitudes sejam tomadas, das leis que foram votadas, mas ainda são bastante flexíveis para uma realidade questionável.

Lá fora, em meio a pandemias, surge a guerra que mostra com muita dor, mas também com muito amor, as profissionais de enfermagem, médicas, acompanhantes que em áreas subterrâneas e um medo terrível, conseguem trazer ao mundo, vidas onde cada um coloca sua experiência para que dentro de uma limitação enorme, novas vidas cheguem ao mundo.

Aos homens de todas as áreas, minha homenagem pelo encorajamento dado ao se despedirem dos filhos e suas companheiras que seguem sozinhas para fora das áreas de perigo com a missão de protegerem as crianças, muitos, recém-nascidos.

A todos, sejam eles profissionais da saúde, jornalistas, motoristas, pilotos, defensores dos que se encontram sob pressão, minha gratidão pela coragem e ensinamento sobre a vida humana, sobre o amor fraternal, sobre o que é possível e impossível ser efetuado quando há união entre os seres que enxergam a existência, como um ato de abnegação.

by/erotildes vittoria//08 de março de 2021

quarta-feira, 2 de março de 2022

 

Fui me buscar...

Foi só uma chuva de verão que veio e logo partiu levando a saudade e minha ansiedade, já não faz mais sentido. Parei o relógio e durante algum tempo, parei também, mas o tempo passou e não achei mais graça em beber o vinho sempre sozinha. Fui me buscar onde eu havia me deixado, me trouxe de volta, me dei o melhor. Agora, sou eu quem cuida de mim e sou eu quem está do meu lado.

by/erotildes vittória//REFASTERG/11.003// domingo, ‎2‎ de ‎março‎ de ‎2014/23:31:50

quarta-feira, 22 de dezembro de 2021

Azul

E no silêncio da serenidade da alma, sinto estar à beira do mais encantador cenário e pronta para partir, por horizontes desconhecidos e sem fim.

Há dentro de mim, toda a magia do amor pela descoberta do paraíso ao longo desta viagem de sonhos, em perfeita harmonia.

Cinderela das paisagens do encontro com o divino, me atrevo a pensar, que sou muito mais que um ser desejoso de paz.

Sou alguém privilegiado, por estar aqui nesta imensa cor azul onde meus olhos se encantam, no deleite de uma visão única no tempo.

Passageira solitária e feliz, remo, sem a preocupação da chegada ao meu destino.

Percorro lentamente meu caminho e faço da vida, a minha maior conquista. 

Acalmo minha alma, que vivencia a sua cor infinita de amor, paz, serenidade e de encanto sem fim na imensidão e grandeza da sábia e bela natureza.

by/erotildes vittoria/REG/2012/LL/61LLPR..

Imagem internet





 

sexta-feira, 24 de setembro de 2021


 Atravessando o deserto...

Sabia que nada seria fácil e a água já escassa, deveria ser usada unicamente para beber.

Há dias, sentia uma imensa vontade de parar e entregar o que ainda possuía ao deserto.

Meu corpo estava desfigurado pela dor, sem saber onde estariam meus amigos perdidos, ou seria eu a perdida no centro do deserto?

Minha vida, parecia estar ligada a um cordão. Era imensamente desagradável estar ali sem nenhuma noção de até onde, poderia chegar.

Os pés, estavam cansados e extremamente debilitados pelo desgaste da bota que os protegia.

Já não havia mais como me orientar, não sabia coordenar quando era noite ou quando era dia, mas não tinha mais importância, tudo era nada, absolutamente nada e o cansaço, me deixou caída no meio do deserto e adormeci.

Acordei com a tempestade de areia e sem forças ainda, vi que estava sendo enterrado, o meu corpo que ainda possuía vida.

Senti estar sendo devorada viva. Consegui forças e me coloquei de pé. Não sabia mais para onde ir e a direção, era o que menos importava, precisa salvar a mim mesma do medo do deserto descoberto e desprovido de qualquer meio de sobrevivência.

De repente, tudo silenciou, só ouvia o som do meu desespero, do não saber o que fazer.

Minha água daria ainda para dois dias, mas era tempo demasiadamente curto para tanta distância e extrema exaustão.

Queria sentar, mas tinha medo de não conseguir mais levantar meu corpo. Não chorei, estava desprovida de lágrimas e de qualquer sentimento naquele lugar.

Cai e adormeci novamente de fome, cansaço e medo. Não sei quanto tempo passei dormindo, mas sei que ao acordar, não estava mais lá.

Meus amigos, encontraram o caminho da volta, vieram ao meu encontro, me resgataram, e levaram meu corpo quase sem vida para uma tenda onde havia água e frutas.

Naquele lugar, esperei mais vinte dias para que eu fosse levada de volta ao meu ponto de partida, a capital da cidade.

by/erotildes vittoria/012/LL/61LLPR/RESF/05 de julho de 2011

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quarta-feira, 21 de julho de 2021


 O medo...

Estar só, buscar no infinito a resposta que está dentro de nós.
Nos esquecemos em algum lugar e já não sabemos mais onde está aquele sorriso que encantava, aquele abraço que envolvia e enchia o coração de amor.
Nos encontramos no tempo perdidos em caminhos desconhecidos.
Vagamos em silêncios noturnos, nas perguntas sem respostas porque nos dias de tempestades, nos afastamos do caminho e o medo, nos impediu de voltar.

by/erotildes vittoria/13 de julho de 2011

(editado em 21 de julho de 2021)


 Criatividade...

Podemos criar tudo o que nossa mente imagina.
De gelo ou de concreto, tudo nasce em momentos de criatividade e de sonhos que se aninham em nós, ao longo da vida.
Se estamos subindo ou descendo, que diferença faz, se a escada continua ali para que possamos ir ou voltar  a qualquer momento que desejarmos?
Livres como os pássaros, voamos, rumo aos  mistérios da nossa mente criativa e idealizadora.
De sonhos ou de realidades duras, vivemos desse alimento chamado criatividade que surge do nada e se transforma em belezas exóticas ou simplesmente, nos deixam em processo continuo de recriar  o que já criamos e demos vida.
by/erotildes vittória/REG/012/LL/61LLPR/10 de agosto de 2012

  Viagem... Era diferente, as folhas secas, não ficavam despedaçadas ao pisar nelas. Havia uma cortina feita de uma névoa azul que limitav...